(Indiano que diz viver há 70 anos sem comida está sob estudo)

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postado por allan em Ciência Alternativa, Notícias, Religião.

Realmente não é nada inédito no Oriente.ghost Pictures, Images and Photos

Quando o Discovery Channel lançou o documentário do “Novo Buda”, me espantei quando vi que a maioria das pessoas se impressionou mais com o menino que meditava sem comer ou beber por (é o que dizem) 9 meses, do que pelo outro yogue que o documentário igualmente mostrou, e que estava vivendo em um quarto lacrado numa universidade indiana, filmado 24h, 7 dias por semana, há pelo menos 20 dias e que não ingeriu um grão de arroz nem uma gota de água (inclusive a água do banho, que vinha numa bacia, era controlada, já que o homem poderia absorvê-la pela pele…). Os médicos da universidade estavam perplexos. E eu também, muito mais do que com o feito do “novo buda”.

Agora me pergunto se não é o mesmo indivíduo. Preciso rever o documentário!

+++

Médicos e cientistas na cidade indiana de Ahmedabad estão observando um homem que diz ter vivido sem comida e sem água ao longo dos últimos 70 anos. Prahlad Jani é um líder religioso da tradição Jainista. Ele está sendo observado por médicos, que afirmam que nas 108 horas que já se passaram, ele ainda não comeu nem bebeu nada.

O caso chamou atenção até mesmo do Exército indiano, que o colocou sobre observação por 24 horas ao longo das próximas duas semanas. A ideia é que se os médicos descobrirem o segredo do líder religioso, isso pode ser bem usado no futuro.

Prahlad Jani diz que sobrevive graças à meditação e ao poder da sua mente. Apesar de este tipo de caso não ser totalmente inédito na Índia, ele tornou-se um dos mais célebres dos últimos tempos, por estar sendo estudado mais a fundo pelos cientistas.

Prahlad Jani é um líder religioso da tradição Jainista e diz ter vivido sem comida e sem água ao longo dos últimos 70 anos

Prahlad Jani é um líder religioso da tradição Jainista e diz ter vivido sem comida e sem água ao longo dos últimos 70 anos

Fonte: BBC Brasil/Terra

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(Reunidos fragmentos de texto bíblico separados há séculos)

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JERUSALÉM - Duas partes de um antigo manuscrito bíblico, separadas por séculos, foram reunidas pela primeira vez numa mostra conjunta nesta sexta-feira, 26, graças a uma descoberta acidental que está ajudando a iluminar um período obscuro na história da Bíblia hebraica.

Os fragmentos, de 1.300 anos, que são alguns dos poucos manuscritos bíblicos hebraicos que sobreviveram à era em que foram escritos, existiram separadamente e com sua relação mútua ignorada até que uma fotografia de um, publicada em sua primeira exibição pública em Israel, chamou a atenção dos estudiosos que acabaram por ligá-os.

Juntos, compõem o Segundo Cântico do Mar, cantado pelos israelitas após a fuga do Egito, enquanto assistiam à destruição dos exércitos do faraó no Mar Vermelho.

Uma mostra no museu nacional de Israel, dedicada ao Cântico do Mar, agora está unindo as duas peças.

Uma página do cântico, conhecida como o Manuscrito Ashkar, estava abrigada numa biblioteca de livros raros na universidade Duke, nos EUA, e foi exibida pela primeira vez em Israel em 2007.

Textos em hebraico separados há séculos ajudam a recosntituir a história da Bíblia

Textos em hebraico separados há séculos ajudam a recosntituir a história da Bíblia

Foi nessa oportunidade que a fotografia do manuscrito apareceu em um jornal e chamou a atenção de dois paleógrafos israelenses, Mordechay Mishor e Edna Engel, que notaram a semelhança com uma outra página em hebraico, o Manuscrito de Londres, que é parte de uma coleção particular.

“A uniformidade das letras, a estrutura do texto e as técnicas usadas pelo escriba… ficou muito claro para mim”, disse Engel.

A relação não seria óbvia para o observador leigo. O Ashkar está escurecido pela exposição aos elementos e o texto está praticamente invisível, enquanto o Londres é legível e se encontra muito melhor preservado.

Mas após estudos com raios ultravioleta, os especialistas confirmaram que os textos não só foram escritos pela mesma mão, mas eram parte de um mesmo rolo de pergaminho.

Estudiosos acreditam que o pergaminho foi escrito por volta do século sétimo, em alguma parte do Oriente Médio, possivelmente no Egito. Não se sabe como essas partes foram separadas, ou o que aconteceu com o restante do material escrito.

O museu em Israel providenciou para que o Londres fosse levado a Jerusalém. A nova mostra descreve como o Cântico do Mar foi composto por meio de vários manuscritos antigos, dos Manuscritos do Mar Morto, que têm 2.000 anos, até o chamado Códice de Alepo, escrito quase mil anos mais tarde.

A reunificação dos fragmentos é um elo importante na corrente, mostrando como a escrita da Bíblia hebraica evoluiu ao longo do chamado período “silencioso” – entre os séculos terceiro e décimo – do qual não resta praticamente nenhum texto bíblico.

O Cântico nos Manuscritos do Mar Morto está escrito como prosa, por exemplo, e no manuscrito reunido, em versos.

Fonte: Estadão/AP

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Em “John Frum” Nós Confiamos

Há alguns anos atrás, enquanto assistia a um documentário do canal National Geographic, – a respeito da tribo  Korowai, uma tribo canibal da Papua Nova Guiné que constrói suas casas em árvores, e que, até os anos 1970, sequer sabia da existência de outras civilizações além de sua própria – vi pela primeira vez um vídeo (que infelizmente não encontrei na internet) feito por dois antropólogos que haviam recém-descoberto uma outra tribo melanésia, acredito que nos anos 1920 (a data pode estar incorreta, estou puxando de memória – se alguém souber, me avise!). O vídeo em questão mostrava os membros da tribo venerando uma réplica feita em madeira de um avião… Segundo os antropólogos, os nativos tinham avistado essa “máquina voadora” pela primeira vez ( um avião de guerra), e acharam que fosse de algum deus. Assim, construíram a escultura daquilo que acreditavam ser algo divino, e criaram cultos e rituais relacionados a essa nova divindade. Foi, no mínimo, chocante. Mas desde então o assunto passou a me perseguir. As implicações filosóficas do fato são muito interessantes. Entretanto, esse post não pretende ser uma pesquisa “profunda” sobre o assunto. A ideia aqui é estimular a curiosidade e provocar reflexão.

Mas, antes de ir para o que interessa (rs), deixe-me enrolá-los um pouco com alguns dados (as informações foram retiradas e adaptadas da Wikipedia):

- A Melanésia é uma região da Oceania, que compreende os territórios das ilhas Molucas, Nova Guiné, ilhas Salomão, Vanuatu, Nova Caledônia e Fiji.

Melanesia

- Acredita-se que os melanésios tenham uma origem em comum com os aborígenes australianos.

- “Melanésia” vem do grego, e significa “ilha dos negros” – o nome foi dado por causa da cor de pele predominante dos habitantes das ilhas.

- O avião, que foi inventado no início do séc. XX, teve durante a Primeira Guerra Mundial sua primeira fase de testes em grande escala, em que se demonstrou ser uma poderosa máquina de guerra. Após a Primeira Guerra, o avião passou por inúmeros avanços tecnológicos.

- Em 1919, a primeira travessia transatlântica utilizando uma aeronave foi realizada pelos britânicos John Alcock e Arthur Whitten Brown.

- A primeira travessia aérea do Atlântico Sul foi realizada em 1922, pelos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral.

- Na década de 1940 aviões a jato militares já estavam em operação.

- Os aviões tiveram papel fundamental durante a Segunda Guerra Mundial, tendo presença em todas as batalhas mais importantes e conhecidas da guerra.

Pois. Agora que já temos algumas informações a respeito da região e alguns dados sobre a história da aviação, podemos passar para o tema desse post:

O Culto à Carga

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Segundo o antropólogo Kirk Huffman, “um culto à carga surge quando o mundo exterior, com todos os seus bens materiais, repentinamente desce sobre tribos indígenas remotas“.

Em outras palavras, o culto à carga diz respeito aos efeitos que, principalmente, a Segunda Guerra teve sobre os nativos de algumas ilhas do Pacífico. Basicamente, aviões europeus, americanos e/ou japoneses eram avistados pelas pessoas dessa região que, por nunca terem visto nada parecido, passavam a acreditar que eram “deuses” ou algo de “deus”. Sendo assim, criavam esculturas de aeronaves, rituais e adaptavam sua mitologia aos novos “deuses”.

Entretanto, acredita-se que os cultos à carga tenham iniciado na ilha Fiji por volta dos anos 1880, nessa época relacionado a navios estrangeiros, mas que o padrão permaneceu praticamente o mesmo. Se diz “culto à carga” porque quando os navios (e posteriormente aviões) chegavam nas ilhas, os tripulantes costumavam distribuir entre os nativos “presentes”, que nada mais eram que objetos que carregavam na embarcação (a carga propriamente dita). Os habitantes das ilhas, por desconhecerem os bens materiais que ganhavam, achavam que os estrangeiros eram “grandes homens”, seus ancestrais, que haviam retornado com “as riquezas profetizadas”.

Uma das histórias de culto à carga mais famosas é da ilha Tanna.

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A história é famosa, porque é o culto à carga mais persistente. A maioria desses cultos desapareceu nos últimos sessenta anos.

Basicamente, o que temos na ilha Tanna é o culto de “John Frum”.  John Frum (corruptela de “John from”, ou “John de”, que deve ter sido uma tentativa de comunicação por parte de um indivíduo, tentando se apresentar e dizer de onde vinha…) foi algum homem branco, americano, que apareceu pela ilha nos anos 1930, trazendo objetos, ferramentas, doces e outros “presentes civilizados”, e que, por causa disso, acabou se tornando um “messias” para a tribo. Em Tanna, o dia em que se comemora o feriado de John Frum é 15 de fevereiro.

Nessa ilha os habitantes hasteiam bandeiras americanas, utilizam o simbolismo cristão da cruz (John Frum seria um equivalente a Jesus para eles), possuem réplicas de aviões, aeroportos, rádios etc. Segundo os sacerdotes da tribo, John Frum um dia retornará com ainda mais riquezas para serem distribuídas ao povo. Eles acreditam que ele viva no vulcão sagrado da ilha, Yasur.

Nas palavras de um dos anciãos da tribo: “John prometeu que traria cargas de avião e de navio  da América para nós, se nós rezássemos para ele… Rádios, TVs, caminhões, barcos, relógios, geladeira, remédios, Coca-Cola e muitas outras coisas maravilhosas.”

 

Os membros da ilha de Tanna dançam em honra de John Frum todo 15 de Fevereiro. Os líderes do clã viram o Messias Yankee pela primeira vez no final dos anos 1930. A sua última aparição foi durante a Segunda Guerra Mundial, vestido de branco como um marinho não-identificado da marinha.

Os membros da ilha de Tanna dançam em honra de John Frum todo 15 de Fevereiro. Os líderes do clã viram o Messias Yankee pela primeira vez no final dos anos 1930. A sua última aparição foi durante a Segunda Guerra Mundial, vestido de branco como um marinheiro não-identificado da Marinha.

Na internet é possível encontrar alguns vídeos mostrando um pouco do culto à carga da ilha de Tanna, como os abaixo (estão em inglês, mas as imagens valem por mil palavras…):

É interessante notar que muitos utilizam o exemplo do culto à carga como argumento de que foi dessa maneira que surgiram as religiões. Isso realmente é bem provável, porém não torna tudo menos fantástico. Se analisarmos que muitas religiões e mitologias antigas falavam de “carruagens de fogo” vindas do céu, citavam deuses estranhos – também vindos do céu – que vez ou outra apareciam com ensinamentos ou regras, das estranhas semelhanças nas mitologias e construções antigas de povos que supostamente nunca se encontraram, realmente dá o que pensar. Por que se é desse jeito que civilizações “primitivas” reagem àquilo que não conseguem entender ou explicar, então a nossa História “oficial” é mesmo muito mal contada.

 

Modelos de aeronaves pré-colombianos. Estariam nossos antigos criando réplicas de antigos "deuses" que viam nos céus?

Modelos de aeronaves Pré-Colombianos. Estariam esses povos criando réplicas de antigos "deuses" que viam nos céus? Seguindo a lógica fornecida pelo "culto à carga", é mais do que possível...

 

Devemos levar em conta que a tendência natural dos seres humanos mais “primitivos” é a de tornar mágico tudo aquilo que não compreendem. Portanto, quando viam um avião, por exemplo, obviamente não tinham como explicar sua existência de outra maneira que não fosse algo oriundo da esfera “espiritual” ou criado por deuses. Da mesma forma quando viam europeus, americanos e japoneses. Para eles só podiam ser deuses vindo de alguma outra terra distante.

Cruz de John Frum - Tanna, 1967

Cruz de John Frum - Tanna, 1967

Mas, voltando ao culto à carga, em específico o de John Frum, os pobres habitantes da ilha continuam a esperar pelo seu Messias. É por isso que constróem réplicas de aeronaves e aeroportos. Entretanto, o mais interessante nessa história toda é que os nativos são céticos com relação às explicações que os próprios americanos dão a toda essa confusão. Mesmo dizendo que os aviões são meios de transporte construídos por nós, que nada possuem de “divino”, os fiéis não acreditam. Muitos pensam que os americanos e outros que tentam esclarecê-los são demônios ou espíritos ruins, tentando afastá-los de sua fé.

Algumas imagens das festividades do feriado de John Frum:

Banda "Cargo"

Banda "da Carga"

Um fiel da "carga"

Um fiel da "carga"

Menino com a bandeira americana

Menino com a bandeira americana

Marchando pela carga

Marchando pela carga

Segundo o Chefe Isaac, um dos principais “sacerdotes” do culto de John Frum, John é um “espírito que sabe tudo”. Ele sai do vulcão Yasur de vez em quando e aconselha o Chefe Isaac. Ainda segundo o Chefe, John Frum é mais poderoso do que Jesus Cristo… Qualquer semelhança com o que os fiéis e religiosos atuais (e antigos) dizem de seus respectivos “messias” não é mera coincidência!

Chefe Isaac

Chefe Isaac, de azul

A maioria dos antropólogos acredita que a história de John Frum esteja relacionada a um homem branco (provavelmente fictício, já que ter um aliado branco para eles é grande coisa) que apareceu aos nativos interessado em convencê-los a se rebelar contra a colonização e a cristianização, que começava a acontecer na ilha. Muitos dos anciãos da ilha dizem que John era um homem branco mas falava a língua deles, e que não havia dito, na época de sua primeira aparição, que era americano.  Eles dizem ainda que John disse aos nativos que tinha vindo resgatá-los dos missionários e dos oficiais coloniais, e que não deviam dar ouvidos a  nada do que os homens brancos diziam. Deveriam voltar aos modos antigos.

O Chefe Isaac chegou a visitar os EUA (que, podemos dizer, equivaleria ao “paraíso” para eles), em 1995. Mas, quando perguntado sobre o que achou, desconversa e aponta os problemas que viu (pobreza, violência, infelicidade) – diz que não via a hora de retornar para casa.

Independente de qual for a verdade, no que diz respeito à existência ou não de John Frum, ele realmente provocou impacto na ilha.

Uniformes e medalhas são usados para encorajar John Frum a retornar

Uniformes e medalhas são usados para encorajar John Frum a retornar

Os fiéis se preparam para o dia de John Frum

Os fiéis se preparam para o dia de John Frum

Uma réplica de avião

Uma réplica de avião

À espera de John Frum

À espera de John Frum

Em Tanna inclusive existem duas ramificações para o culto de John Frum. Uma é liderada pelo já supracitado Chefe Isaac, e a outra pelo “Profeta Fred”. Os dois, que até 1999 eram aliados, se tornaram inimigos. Isso aconteceu porque “Deus” apareceu ao Profeta Fred e disse a ele para ir para casa e ensinar o “novo caminho” da fé em Frum.  O movimento criado por Fred é chamado de “Unidade”, e mistura os modos antigos dos nativos (kastom), cristianismo e John Frum.

Os dois movimentos já inclusive “guerrearam” entre si.

Em 1943, militares norte-americanos, preocupados com o crescimento do culto, chegaram a ir até Tanna para tentar convencer os nativos de que as forças americanas nada tinham a ver com “John Frum”. Em vão. O culto não só continuou, como se fortaleceu, quando as tropas que foram até lá retiraram toneladas  de carga que havia caído no mar, no local que os nativos consideravam o “Ponto de Um Milhão de Dólares” (um lugar lendário em que o suprimento de carga era interminável).

Recentemente, quando perguntaram ao Chefe Isaac por que eles ainda esperavam por John Frum, que havia prometido trazer muita carga ao povo mas não aparecia há mais de 60 anos, ele respondeu espantado:

“Vocês cristãos têm esperado 2.000 anos pelo retorno de Jesus à terra, e não perderam a esperança!”

É… pois é.

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Fontes:

- In John They Trust

- Cargo Cult – Wikipedia

- Cargo Cult lives in South Pacific

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(Muralha pode confirmar descrição bíblica da época de Salomão)

Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém apresentaram partes de uma muralha que teria sido construída por ordem do Rei Salomão. Segundo a arqueóloga Eilat Mazar, diretora de escavações perto da cidade antiga de Jerusalém, os restos da muralha do século X a.C poderiam confirmar a descrição bíblica da época do rei.

De acordo com informações da agência Efe, uma parte da parede, de 70 m de comprimento e seis de altura, foi encontrada em um local chamado de Ofel, entre a chamada Cidade de David e da parte sul do Monte do Templo judaico.

Desenvolvidas nos últimos meses, as escavações fazem parte de um projeto da Universidade Hebraica de Jerusalém, da Autoridade de Antiguidades de Israel e outras instituições, com financiamento americano.

A parcela da muralha revelada tem 70 metros de comprimento e seis m de altura

A parcela da muralha revelada tem 70 metros de comprimento e seis m de altura

Fonte: EFE/Terra

Outras fotos:

 
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(Comichões, vozes e intuições dão origem a livros psicografados)

SÃO PAULO – De todas as características do espiritismo, uma das mais intrigantes é a psicografia. Foi justamente o ato de escrever sob inspiração de espíritos que tornou Chico Xavier conhecido em todo o Brasil. Em 1932, ele publicou o livro “Parnaso de Além Túmulo”, com poemas que lhe teriam sido ditados por autores mortos como Castro Alves, Olavo Bilac e Augusto dos Anjos. Xavier escreveu um total de 412 livros, mas não se considerava autor de nenhum deles – todos teriam sido psicografados.

“No início, Chico Xavier dizia apenas ouvir vozes. Ele as transcrevia, às vezes até com dúvidas quanto à grafia correta, como se fosse um ditado”, explica Marcel Souto Maior, autor da biografia “As Vidas de Chico Xavier”. Posteriormente, essa relação com os “comunicantes” foi mudando. “Era uma escrita semiconsciente. Cada espírito tinha uma característica. Por exemplo, o Emanuel tem romances gigantescos atribuídos a ele. Já o André Luiz tem momentos que são quase ficção científica”, explica.

Segundo cálculos da Associação de Editoras, Distribuidoras e Divulgadores do Livro Espírita (Adeler), em 2009 foram vendidos dez milhões de livros ligados ao espiritismo. “A esmagadora maioria deles é psicografada”, explica o presidente da entidade, Ary Dourado. Ele explica que esse mercado está crescendo. “As editoras comerciais começaram a investir nesse setor, que historicamente é dominado por instituições espíritas”, diz. O centenário do nascimento de Chico Xavier, comemorado este ano, deve contribuir com esse crescimento. “Sempre que há algum evento de massa, como uma novela ou um filme, o interesse do público pelo espiritismo aumenta”.

Atualmente, o grande nome da psicografia é Zíbia Gasparetto. A médium de 83 anos afirma ter vendido 25 milhões de cópias de seus livros – ou melhor, dos livros psicografados por ela. O sucesso foi tal que ela fundou uma editora, a Vida e Consciência, especializada no filão espírita. Segundo a autora conta na introdução de “Eles Continuam Entre Nós”, seu dom manifestou-se através de um comichão. “Meu braço doía e a mão mexia contra minha vontade. Colocados papeis e lápis na minha frente, comecei a escrever rapidamente”, explica.

A escritora Zibia Gasparetto

A escritora Zibia Gasparetto

O relato aproxima-se da imagem tornada clássica por Chico Xavier: em transe, com uma mão cobre os olhos, enquanto a outra escreve de forma automática. Mas, hoje em dia, nem a própria Zibia Gasparetto age mais assim: ela prefere escrever no computador, porque assim consegue acompanhar mais rapidamente o que os espíritos lhe ditam. Há ainda casos em que nem as famosas vozes estão presentes. É o caso da escritora carioca Mônica de Castro, que só percebeu que seu primeiro livro havia sido psicografado depois de terminá-lo.

“Um dia eu acordei com um nome na cabeça, Rosali”, conta a autora. Junto com o nome, a vontade de escrever. Pouco tempo depois, o livro “Uma História de Ontem” estava pronto. “Quando eu terminei, o Leonel (comunicante de todas as obras psicografadas por Mônica) me passou uma mensagem. Eu nem imaginei que até aquele momento estava psicografando”, conta. Isso acontece por que Monica é, segundo suas próprias palavras, uma médium intuitiva. “Meu processo é todo mental, e o pensamento não precisa de palavras”, teoriza.

Fonte: IG

(Jordânia pede a Canadá devolução dos manuscritos do Mar Morto)

postado por allan em História, Notícias, Religião

O Governo da Jordânia pediu ao Canadá que confisque os manuscritos do Mar Morto mostrados em uma exposição no Royal Ontario Museum, em Toronto, porque os considera de sua posse, mas que estão em poder de Israel.

Segundo declarou ao jornal Jordan Times a ministra de Turismo e Antiguidades jordaniana, Maha Khatib, “o Governo (jordaniano) pediu ao Canadá, através do Ministério de Exteriores, que confisque os manuscritos”.

A ministra defende o que estabelece a Convenção de Haia de 1954, assinada tanto pelo Canadá quanto pela Jordânia, sobre a proteção dos bens culturais em caso de conflito armado.

Segundo a ministra, Israel se apropriou dos manuscritos que estavam conservados em um museu de Jerusalém Oriental sob mandato jordaniano quando ocupou o local, na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Os quase mil manuscritos foram descobertos em cavernas nas proximidades de Qumran, no mar Morto, entre 1947 e 1956, e são considerados os manuscritos bíblicos mais antigos conhecidos até o momento, de 2,1 mil anos, e incluem textos da época de Jesus Cristo.

Segundo o Jordan Times, a imprensa do Canadá concorda com a postura do Governo do país, que acredita que a disputa sobre a propriedade dos manuscritos é assunto dos israelenses, jordanianos e palestinos e que, portanto, não pretende intervir na questão.

O Governo jordaniano, por sua vez, afirma que há provas de que os manuscritos foram comprados de beduínos que os encontraram no deserto e que, portanto, lhes pertencem.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) também reivindicou os manuscritos, dizendo que “são uma parte integral do patrimônio cultural palestino”, segundo palavras do diretor do Departamento de Antiguidades e Patrimônio palestino.

Fonte: EFE/Terra

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(Primeira casa da época de Jesus é encontrada em Nazaré)

Foram encontrados em Nazaré, a algumas dezenas de metros da Basílica da Anunciação, resquícios de uma casa construída na época de Jesus, a primeira descoberta do tipo feita no lugar onde Cristo passou sua infância, anunciou nesta segunda-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel. Arqueólogos não traçaram uma ligação direta entre a casa em Nazaré e Jesus.
A construção tinha dois quartos e um pátio com uma cisterna de pedra que armazenava a água da chuva. No local, também foram achados fragmentos de vasilhas de gesso, que só eram usadas pelas famílias judaicas em datas religiosas.
“É uma típica casa na qual viviam judeus. Portanto, Jesus também pode ter morado nela. Nazaré era uma pequena aldeia e, na época da guerra contra Roma, no século I, este recinto pode ter sido usado como refúgio”, pois não houve batalhas no povoado, disse Yardenna Alexandre, que comandou a escavação perto da igreja. “No século II, parece que (a propriedade) deixou de ser utilizada, porque não encontramos nada acima do estrato do primeiro século”, acrescentou Alexandre.
Muitos fiéis cristãos acreditam que quando a mãe de Jesus, Maria, era criança, viveu numa caverna sobre a qual hoje fica a imponente Igreja da Anunciação, em Nazaré.
“A descoberta tem enorme importância porque revela pela primeira vez uma casa do vilarejo judaico de Nazaré”, disse Alexandre em comunicado divulgado pela Autoridade de Antiguidades. “A construção que encontramos é pequena e modesta. É provável que seja típica das moradias de Nazaré daquela época”, disse a arqueóloga.
“Até agora já tinham sido encontrados vários túmulos em Nazaré do tempo de Jesus, mas não tinham sido descobertos resquícios de um assentamento na região atribuídos a essa época”. Yardenna descreveu Nazaré, hoje a maior cidade árabe de Israel, com cerca de 65 mil habitantes, como um “pequeno vilarejo” no tempo de Jesus.

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A construção tinha dois quartos e um pátio com uma cisterna de pedra que armazenava a água da chuva. No local, também foram achados fragmentos de vasilhas de gesso, que só eram usadas pelas famílias judaicas em datas religiosas.

“É uma típica casa na qual viviam judeus. Portanto, Jesus também pode ter morado nela. Nazaré era uma pequena aldeia e, na época da guerra contra Roma, no século I, este recinto pode ter sido usado como refúgio”, pois não houve batalhas no povoado, disse Yardenna Alexandre, que comandou a escavação perto da igreja. “No século II, parece que (a propriedade) deixou de ser utilizada, porque não encontramos nada acima do estrato do primeiro século”, acrescentou Alexandre.

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Arqueólogos trabalham no local onde foram encontrados resquícios de uma casa construída na época de Jesus

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“A descoberta tem enorme importância porque revela pela primeira vez uma casa do vilarejo judaico de Nazaré”, disse Alexandre em comunicado divulgado pela Autoridade de Antiguidades. “A construção que encontramos é pequena e modesta. É provável que seja típica das moradias de Nazaré daquela época”, disse a arqueóloga.

Escavações acontecem no centro de Nazaré

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“Até agora já tinham sido encontrados vários túmulos em Nazaré do tempo de Jesus, mas não tinham sido descobertos resquícios de um assentamento na região atribuídos a essa época”. Yardenna descreveu Nazaré, hoje a maior cidade árabe de Israel, com cerca de 65 mil habitantes, como um “pequeno vilarejo” no tempo de Jesus.

Arqueológos trabalham nas escavações em Nazaré

Arqueológos trabalham nas escavações em Nazaré

Fonte: Terra/EFE/Reuters/AFP